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Mais de três mil pessoas já contemplaram a exposição enSISMESMAmentos – desLEMBRANÇAS de Alena Marmo

A exposição que está na sala multiuso 5 pode ser visitada até o dia 6 de setembro

A pandemia da Covid-19 nos fez ficar em casa e ver as coisas sob outra perspectiva. E foi a partir dessa nova ótica, que a artista, pesquisadora e professora Alena Marmo criou mais de 100 obras que estão reunidas na exposição “enSISMESMAmentos – desLEMBRANÇAS”, que tem curadoria de Nadja Lamas.

A exposição que conta com pinturas e gravuras, pode ser conferida até o dia 6 de setembro. As obras que estão na sala multiuso 5 (próximo ao Grande Teatro da SCAR), já foram contempladas por mais de três mil pessoas. A entrada é gratuita.

(Foto: Evelyn PH)

Segundo Alena, diariamente ela fazia o percurso Schroeder-Joinville e semanalmente Joinville-São Paulo e isso começou a deixá-la incomodada, pois estava mais no “entre” do que no lugar.

“Esse deslocamento, comecei a chamar de entre-lugares, porque ele é um não lugar uma vez que ele não tem identidade, que é um deslocamento que eu atribuo uma identidade que é temporária e que depende do meu dia, ao mesmo tempo ele ligava dois lugares que eram importantes pra mim, minha casa e o meu trabalho.”

Nesse trajeto, a artista fazia vários registros fotográficos e contemplava a beleza do céu. Quando veio a pandemia, Alena precisou atribuir uma identidade ao espaço que era sua casa, já que havia perdido o seu entre-lugares.

“Um dia eu pendurei uma colcha branca no varal e atrás dessa colcha estendi lençol, toalhas e a sombra daquelas roupas se projetava na colcha por trás dela e eu vendo do outro lado, achei lindo que fiquei olhando e me vi no meu entre-lugares”, comenta Alena.

(Foto: Nicolas Cani/SCAR)

Porém a ideia, segundo a artista, não era representar mimeticamente o que estava vendo, mas o estar lá, percebendo as qualidades daquele espaço, como ela via as formas, cores e sombras.

“A gente começou a olhar para o mundo de uma outra forma. A gente viveu olhando por janelas na pandemia. Então a ideia não é representar uma janela mimética, mas o que eu via quando eu estava ali prestando atenção naquelas qualidades.”

Passada a pandemia, Alena se mudou para Jaraguá do Sul e precisava se desvincular da casa onde morava e criar um vínculo com outro espaço. E foi a partir das memórias daquele lugar que surgiu a exposição desLEMBRANÇAS.

“Eu me dei conta de que o esquecimento não existe. Porque quando eu esqueci e lembro do que esqueci, ele existe de novo e ao mesmo tempo quando ele existe de novo, ele não é mais aquele momento, porque eu sou outra pessoa. Então comecei a trabalhar os varais a partir da memória daquele estar lá, tentando captar esse novo presente”

A exposição foi contemplada no projeto Palco Livre que é viabilizado pelo Programa de Incentivo à Cultura (PIC), do Governo de Santa Catarina, e conta com o apoio das empresas patrocinadoras: Agricopel, Menegotti, Urbano, Lunelli, Embrast, Havan, Naxi e Live!

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