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Projeto Mais Dança promove workshop sobre aprendizagem, inclusão e neurodivergência para professores 

Lidar com o diferente, com o que está fora do que é por consenso considerado comum, nem sempre é uma tarefa fácil, ainda mais quando falamos de pessoas. Ao longo dos anos, a sociedade evoluiu e se modernizou, mas quando o assunto é neurodiversidade, ainda se encontra algumas barreiras.

Para dar ainda mais suporte aos professores da Sociedade Cultura Artística (SCAR), entre abril e junho, aconteceu o workshop “Aprendizagem, inclusão e neurodivergência: o que é possível?”

(Foto: Eduardo Ferreira)

Os encontros, proporcionados através do projeto Mais Dança, foram ministrados pela pedagoga e psicóloga Jaqueline Elisa Maldaner Heck, pela pedagoga Carin Döscher Krobot e pela pedagoga Mônica Von Tönnemann Gessner.

“Para o Mais Dança, eu acho que é um grande avanço para a capacitação dos nossos professores. A gente atende sempre uma demanda de crianças carentes que às vezes não tem um suporte emocional, familiar e ou até escolar, e para o Mais Dança tendo essa preparação a gente começa a ser realmente a diferença, não só com a dança, mas através da educação e da formação daquele alunos”, comenta a coordenadora do projeto Mais Dança, Chalimar Junkes.

Nicoli Pereira, que é professora de teatro na SCAR, disse que o curso foi importante para ela, pois ajudará a entender melhor os alunos e automaticamente conseguirá acolhê-los melhor.

“Quando a gente vai ouvindo os perfis ou as situações, já vou pensando ‘acho que esse aluno se encaixa nesse perfil’ e aí já vou pensando em estratégias de como lidar melhor com ele e como exercer as atividades para valorizar todos os alunos. Então acho muito rico pra gente conseguir todo esse conhecimento. Faz com que a gente possa ser melhores professores e acolher todos eles.”

E todo mundo busca acolhimento, seja uma pessoa neurodivergente ou não. De acordo com Jaqueline, uma das palestrantes do workshop, é importante que os professores ensinem os demais alunos da turma a como lidar com uma criança com uma condição diferente da sua.

“Todo mundo busca acolhimento em qualquer condição. É questão do professor saber, mas também ensinar a turma em como saber, porque eu venho de uma geração que a gente não tinha essa inclusão, não existia pessoas “diferentes” na sala de aula, mas depois a gente começou a conviver no mercado sem saber como acolher, sem saber como incluir, então é muito legal quando os pares, os que estão na mesma idade, no mesmo ciclo, consigam fazer essa inclusão, esse acolhimento, vai ter situações que o próprio neurodivergente vai fazer a inclusão e o acolhimento de um neurotípico. Então todo mundo tem suas habilidades e suas limitações”, comenta.

Para o professor de música na SCAR, Marco Antonio Jaguarito, é importante que as terapias e a educação caminhem juntas para que se possa compreender melhor o perfil dos alunos e consequentemente melhorar o ensino.

“Hoje em dia, a educação ela tem uma necessidade muito grande de se juntar as terapias para poder entender melhor que perfil a gente está lidando e isso é muito interessante trazer pra gente, porque quando a gente pisa em uma sala de aula, a gente lida com diversos perfis e sair da nossa bolha de estereotipar perfis e entender um pouco melhor. Com isso, a qualidade do nosso trabalho também melhora como consequência, porque você pensa mais, desenvolve mais sobre o que você está planejando para aquela aula e faz com que seja mais coerente nas suas atitudes, na sua fala. Então trazer isso para professores é muito importante e traz essa visão mais aprofundada sobre os diferentes perfis de seres humano”.

O Projeto Mais Dança 5 é realizado graças ao patrocínio das empresas Agricopel, WEG, Posto Mime, Delta (Grupo Auto Elite), Duas Rodas, Live! e Indumak, por meio da Lei de Incentivo à Cultura e do Governo Federal.

Foto: Eduardo Ferreira

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